sexta-feira, 4 de junho de 2010

A Saga de um coração continua

O dia seguinte, na UTI: no meio da manhã apareceu um cirurgião cardiovascular, que após apresentar-se e informar que a cirurgia que eu precisava fazer era um procedimento corriqueiro, que fazia cirurgias cardíacas todos os dias e que realizava as operações em outro hospital, mas que no meu caso seria neste porque eu já estava internado hospital. Deixou um cartão de visitas para entregar para minha família e foi embora, tal situação me deixou muito apreensivo, pois com uma situação grave de saúde, tive a nítida impressão de certa falta de ética. Este fato realmente me apavorou e naquele momento tomei uma decisão solitária: “não faria uma cirurgia de grande porte e gravidade com pessoas que não tiveram a capacidade de demonstrar sensibilidade e competência”. Como não pretendia fazer a cirurgia naquele hospital, precisava sair daquele lugar. Informei ao médico encarregado do setor de cardiologia da UTI que precisava sair alguns dias para organizar os meus negócios e somente depois voltaria para fazer a cirurgia. O pavor era tão grande para sair daquela situação que tentaria qualquer coisa, mesmo sabendo que não tinha a mínima condição de levantar da cama sozinho, nem para ir ao banheiro e muito menos para resolver meus negócios. Para quem levantava para trabalhar todos os dias, e dizia que não tinha tempo para mais nada, se encontrar preso em uma cama na UTI sem poder decidir sobre o que estava acontecendo e algo de endoidecer, perturbar a razão. Então, comuniquei a família, conversamos sobre os meus temores e tudo o que havia acontecido, e naquele momento manifestei a vontade de não ficar mais naquele lugar, minha esposa me pediu que aguardasse até o final da tarde para que ela tomasse algumas providências, pois todos estavam preocupados com os procedimentos do hospital e médico. Assim, aguardei. Então, ao entardecer, chegou meu fiel escudeiro com uma maca na porta da UTI, fui resgatado e levado de ambulância com acompanhamento de um médico para outro Hospital. Fui removido para o HOSPITAL CARDIOLÓGICO COSTANTINI, dei entrada na emergência e transferido para a UTI, passei muito mal a noite, estava preocupado com toda a movimentação e apreensivo diante do desconhecido, estava em outra encruzilhada, e provavelmente com decisões a serem tomadas. Na UTI, foram feitos vários exames para avaliação do meu quadro e depois de estabilizarem, após alguns dias, fui transferido para o quarto. Diariamente diversos médicos faziam o acompanhamento, com muitas conversas. Minha ficha caiu e tive a consciência do tamanho do buraco em que eu estava, diagnosticado como insuficiência coronariana com a necessidade de fazer a revascularização do miocárdio. Antes de qualquer procedimento tive o acompanhamento de diversos especialistas: cardiopatas, psicólogas, fisioterapeutas, nutricionistas. Tive que fazer muita, mais muita fisioterapia respiratória, para fortalecer os pulmões para resistir à cirurgia por ser ex-fumante. No dia 15/10/2004 fui submetido à cirurgia de revascularização miocárdica, foram feitos quatro enxertos de artérias, mamária esquerda>ME, mamária direita>DA, radial esquerda>DD, artéria gastroepiplóica>VP/CD. Cirurgião Dr. Luiz César Guarita Souza, Dr. Celso Nascimento, Dr.Vinícius Woitowicz, Dr. Yukio Suzuki. Descrição da Cirurgia: paciente sob anestesia geral, introduzido cateter duplo lúmen. Acesso cirúrgico por esternotomia mediana. Dissecada a artéria radial esquerda de bom calibre. Dissecadas as artérias torácicas internas esquerda e direita, ambas com bom calibre e fluxos normais. Dissecada a artéria gastroepiplóica direita (AGED). Aberto o pericárdio, com exposição do coração, em ritmo sinusal, câmaras cardíacas de tamanho normal. Heparinização sistêmica, estabelecida à circulação extracorpórea (CEC) normotérmica, através da canulação aórtica e átrio direito. Pinçada a aorta e iniciada a infusão de solução cardioplégica sanguínea normotérmica via anterógrada e mantida proteção miocárdica pela cardioplegia retrógada sanguínea normotérmica contínua. Realizada a anastomose da artéria torácica interna in situ à artéria coronária marginal (ME) com fio prolene, sutura contínua. Realizada a anastomose da artéria torácica interna direita in situ à artéria coronária descendente anterior (DA) com fio prolene, sutura contínua. Realizada a anastomose distal da artéria radial esquerda à artéria coronária diagonalis (DD) com fio prolene, sutura contínua. Realizada a anastomose da AGED à artéria coronária ventricular posterior (VP/CD) com fio prolene sutura contínua. A anastomose proximal da artéria radial foi realizada na aorta ascendente, com fio prolene sutura contínua. Dispinçada a aorta, coração em ritmo sinusal, sem cardioversão elétrica. Interrupção da circulação extracorpórea (CEC). Reposição volêmica, retirada de cânulas da aorta e átrio direito, protaminação sistêmica e revisão hemostática. Implante de dreno tubular em mediastino anterior e dois fios de marca-passo epicárdicos. Síntese por planos, com fios. O paciente foi encaminhado para UTI em boas condições e estável hemodinamicamente. Quando eu acordei tinha um fisioterapeuta com uma máscara no meu rosto, falando: respire, respire, pois se a respiração não se normalizasse teria que me entubar (toda a explicação do procedimento já havia sido dada antes da cirurgia pelo fisioterapeuta). É uma situação complicada, pois com o peito todo costurado você não pode tossir, só pode dormir meio sentado, não pode tomar água, somente molhar a boca. Uma noite de cão no deserto, você espera que algo aconteça para aliviar o sofrimento, de uma noite muito longa e solitária, pouco sono vários pensamentos que se agigantam e tornam a penumbra da UTI uma eternidade, até que enfim amanhece e você tem algum alento, os enfermeiros começam realinhar todas as fiações que ficam conectadas para monitorar os seus sinais vitais, o movimento e a claridade do dia dão uma esperança de uma vida que se renova. Na seqüência do internamento, da UTI para o quarto, a evolução transcorreu dentro da normalidade, encontrava-me bem clinicamente em condições de alta clínica, em 25/10/2004, fui para casa. Não tinha a mínima noção do que ainda estava por vir.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A SAGA DE UM CORAÇÃO



O que é um infarto? Não sabia até suar frio e passar muito mal numa manhã fria de outubro. Tudo isto desencadearia uma série de eventos e procedimentos médicos, emergências, ambulâncias, informações, diagnósticos, cirurgias e stents.
Você não sabe o que está acontecendo, não entende, não reconhece os sintomas, até que deitado em uma cama descobre que sofreu um infarto. Primeiros sintomas, nesta manhã: calor, sudorese, desmaio e vomito. Caminhei até a sala, fui ajudado a sentar e tirar o casaco e desmaiei. Andando pela loja, entre as pessoas estava um cliente, um médico que fez os primeiros procedimentos: deitou-me no chão, levantou as minhas pernas, abriu minha camisa. Quem começou a me salvar, porque a maioria das pessoas não sabe os sintomas de um infarto, nem eu sabia.
Visitas aos médicos, não tinha tempo, pois “quem procura acha” dizia um amigo meu.
A minha funcionária lembrou que eu possuía um plano de atendimento de ambulância UTI e contatou os serviços, sentado na cadeira do meu escritório suava frio.
Até que chegou o serviço médico e foi verificada a minha pressão e recebi a recomendação de ir para a casa descansar, diagnóstico: estresse. Neste momento desmaiei novamente, resolveram me levar para um hospital (além deste serviço tenho felizmente um plano de saúde). Após um procedimento burocrático fui encaminhado para um hospital no centro de Curitiba, continuei vomitando na ambulância, até este momento ninguém diagnosticou o infarto.
Dentro da ambulância uma nuvem negra passa a fazer parte dos pensamentos: quando voltarei e será que voltarei, quem vai me atender, a dor é muito forte, acho que pode ser muito grave, as informações em minha volta, barulho da sirene, a velocidade da ambulância, o campo visual reduzido. Afivelado na maca, com uma máscara recebendo oxigênio, ainda via o rosto empalidecer do meu escudeiro mais fiel, minha esposa que me acompanhava em mais uma empreitada em que a vida nós impunha, é um turbilhão de pensamentos, uma vida inteira revivida em segundos, sem saber se vão ser novamente reescritos, entre um desmaio e outro.
Chegando ao hospital fui colocado em uma maca numa sala de emergência, a qual não tinha nenhum tipo de equipamento, percebi que havia outras pessoas deitadas nestas macas. O médico de plantão não permitiu que minha acompanhante ficasse nesta sala, disse que deveria ficar na recepção que estava cheia de pessoas esperando por atendimento, nem conversou com minha esposa.
Neste momento a dor ficava mais forte no braço esquerdo, irradiando pelas costas e peito, descrevi a dor ao médico e fui enfático, me aplicou uma injeção para a dor, não fez nenhuma outra pergunta, só falou que tinha que esperar a dor acalmar, mesmo reclamando das fortes dores e do que estava sentindo, não me deu atenção, vomitei mais uma vez. Hoje, para mim todos estes sintomas são evidentes de um infarto.
Tudo isto foi relatado ao plano de saúde, porque o problema foi muito mais grave. Como continuava com muita dor e nenhum outro procedimento acontecia, levantei da tal maca com dificuldade em direção a saída desta sala, avisei que iria embora procurar assistência e que era para chamar minha acompanhante, neste momento o médico resolveu me encaminhar para UTI.
Após a internação na UTI, fizeram um eletro e exame de sangue que apresentaram alterações. Somente neste momento foi diagnosticado o infarto. Tudo teve seu início às 9h e o diagnóstico confirmado somente entre 11h e 12h.
Temos que ter muito cuidado com as informações repassadas às pessoas que fazem o atendimento, para que não se induza a um diagnóstico errado. Como tomava alguns remédios naturais para perder peso, e isto foi informado pelas minhas funcionárias ao socorrista do serviço de UTI móvel, e esta informação foi passada ao médico do hospital, este se fixou a esta informação e não investigou mais nada. O erro das informações passadas a um médico displicente pode levar a morte. O médico da UTI móvel teve algumas falhas no diagnóstico por informação equivocada e/ou por falta simplesmente de experiência médica, e fez o encaminhamento a um hospital que não tinha condições de fazer o atendimento (hoje faz propaganda que faz atendimento cardiológico, mas naquele momento tenho certeza de que não tinha). E nas proximidades do meu endereço tem outro hospital que é referência em cardiologia no BRASIL.
Como vaso ruim não quebra...
Todos os relatos sobre infarto dizem que o atendimento imediato pode salvar, porque mais de 50% das pessoas não chegam ao hospital vivas. Infelizmente tenho que relatar que não fui atendido como enfartado pelo médico da UTI móvel e nem pelo médico da emergência do hospital. Somente o médico que era cliente da loja e fez os primeiros socorros, após um desmaio me disse que faria uma massagem cardíaca (talvez prevendo um infarto), quando a ambulância (UTI móvel) chegou, ele saiu da sala, entendendo que tinha um profissional e equipamentos que poderiam fazer o diagnóstico.
Neste mesmo dia, no início da tarde, apareceu um médico na UTI e informou que eu havia sofrido um infarto e que iria fazer um cateterismo. Fui levado para o exame no meio da tarde, já sem dor, fui de cadeira de rodas. Os sintomas do procedimento são muito ruins e foram agravados por um equipamento, acredito ser muito velho, não bastando isto, neste momento o médico informou que o comprometimento coronário era bastante grave em 4 das artérias, sendo que 2 com mais de 90% e que somente com cirurgia poderia ser resolvido o problema. Neste momento além dos sintomas do exame tive informações as quais não estava preparado para receber, fiquei muito mal, senti um calorão, sudorese e tremedeira. Houve uma grande correria para estabilizar os meus sintomas, pois até então a informação que tinha recebido do médico cardiologista chefe da UTI, era a de que faria o exame e iria para casa. Depois que me estabilizaram, retornei para a UTI, quando me colocaram na cama vomitei devido ao contraste ou ao mal estar da informação. O médico que fez o exame foi até a UTI pedir desculpas pela maneira que informou a gravidade do meu problema. Na sala que fiz o cateterismo tinha uma menina que estava estudando, fazendo tarefas, podem acreditar. O cardiologista chefe da UTI somente retornou às 22:30h deste dia, informou a gravidade do meu estado e que seria necessária uma cirurgia, e que no dia seguinte o cirurgião passaria para conversar e combinar todos os detalhes. A minha esposa e família aguardaram até este horário sem nenhuma notícia precisa de minha situação.
Péssimas memórias deste hospital, que até a maca ou cama a qual me deixaram dormir era menor do que eu (fiquei com os pés para fora).
Era uma UTI geral, com gente gemendo a noite toda, o serviço de enfermagem e a limpeza não existiram, dormi acompanhado pelo vomito após o exame de cateterismo e ninguém veio limpar ou trocar as roupas de cama, simplesmente colocaram um lençol dobrado para tapar a sujeira. Independente de ter um plano de saúde, a situação grave merecia mais atenção e asseio, o atendimento deste hospital foi totalmente displicente.
A primeira noite em um hospital e na UTI, lugares para mim nunca imagináveis, uma situação que sequer um dia tinha passado pelos meus pensamentos, numa noite apavorante que você conversa com o inesperado e se debate com o vazio que virou sua vida.


terça-feira, 19 de janeiro de 2010

RELATO DE UM INFARTO




RELATO DE UM INFARTO

A cada ano de atitudes modificadas é um ano de superação da doença de aterosclerose, que não tem cura é degenerativa, mas pode ser estabilizada.
Por ser uma pessoa que tinha valores de vida distorcidos, era indisciplinado, displicente com a própria saúde e sempre achando que era imbatível, com uma soberba, que não podia perder nunca, sempre correndo atrás da máquina, sempre pensando em dinheiro, dinheiro, dinheiro, como ganhar mais dinheiro, trabalhava de domingo a domingo. Quando dei por mim estava em uma ambulância UTI descendo a rua que passava todos os dias, mas desta vez sem saber o que aconteceria, e a gravidade do que me esperava...
Quando alguém reclamava do meu cigarro nem me importava. Fumei em restaurantes, em lugares fechados, aonde tive vontade de fumar. Fumava quando acordava, antes de dormir e de madrugada. E muito, quando estava nervoso. Também muito estressado.
Muitas e muitas desculpas para não praticar um esporte ou ter um tempo para o lazer.
Não dei crédito ao histórico familiar em relação à saúde, a tal hereditariedade.
Nunca me preocupei com a alimentação, as pizzas, queijos, presuntos, maioneses, costelas entre outros são uma satisfação, inclusive os ataques à geladeira na madrugada. Comer é muito bom. Sem fazer exames e saber como está a sua saúde. Quem procura acha! Quem não procura também!
Que este relato não se torne algo chato, mais um alerta, porque antes de tudo o que aconteceu eu achava tudo isto uma grande besteira. Espero poder fazer com que algumas pessoas possam refletir e agir previamente e não passem pelo que vivenciei.

INFARTO

. 07 de outubro de 2004 – Infarto do Miocárdio.
. 15 de outubro de 2004 - Cirurgia de Revascularização Miocárdica 4 pontes (ocluidas após 30 dias).
. 03 de dezembro de 2004 - Implante de 06 Stents.
. 03 de dezembro de 2005 - Implante de 02 stents.
. 2006 – Exames sem nenhum procedimento.
. 17 de novembro de 2007 - Implante de 01 stent.
. 2008 – Nenhum procedimento foi necessário.
. 2009 – Nenhum procedimento foi necessário.
. 2010 -- Nenhum procedimento foi necessário.
Procedimentos realizados de 2004 a 2011

2004 - Cateterismo 02, Angioplastia 01 (implante de 6 stents).
2005 - Cateterismo 01, Angioplastia 01 (implante de 2 stents), Cintilografia de perfusão miocárdica 01, Teste ergométrico 01.
2006 - Cateterismo 01, Cintilografia de perfusão miocárdica 01, Teste ergométrico 01.
2007 - Cateterismo 01, Angioplastia 01 (implante de 1 stents), Angiotomografia computadorizada 01, Cintilografia de perfusão miocárdica 01, Teste ergométrico 01.
2008 - Teste ergométrico 01.
2009 - Cintilografia de perfusão miocárdica 01.
2010 - Teste Ergométrico - 22 fev. / Angiotomografia - 25 mar.
2011 - cintilografia de perfusão miocardio - 21 mar.

PROCEDIMENTOS: Maratona de um coração

Data: 15/10/2004
Diagnóstico: Insuficiência Coronariana
Cirurgia: Revascularização Miocárdica - Mamária Esquerda>ME -Mamária Direita>DA - Radial Esquerda>DD - Artéria Gastroepiplóico>VP/CD

Data: 24/11/2004
Tipo do exame: Cateterismo cardíaco esquerdo com Coronariografia, ventriculografia esquerda e estudo da revascularização miocárdica.
Coronária Direita: apresenta-se com ateromatose difusa com uma lesão crítica; excêntrica e segmentar no seu 1/3 médio comprometendo a origem do ramo descendente posterior. Observamos enchimento retrogrado do enxerto gastroepiplóico até sua origem.
Coronária Esquerda:
Tronco Esquerdo: tronco curto apresenta-se com uma lesão crítica, excêntrica e segmentar comprometendo o segmento proximal da artéria descendente anterior.
Descendente Anterior: apresenta-se com lesão crítica no segmento proximal.
Circunflexa: apresenta-se com uma lesão suboclusiva no 1/3 proximal.
By Pass Aorto Dglis: apresenta-se no corpo do enxerto radial uma lesão avaliada em 60%.
Mamaria interna esquerda parada: apresenta-se com hipofluxo difuso não enchendo o leito nativo.
Mamaria interna direita: apresenta-se com hipofluxo. Observamos discreto enchimento da artéria nativa.
Ventriculografia: volume sistólico aumentado de grau leve devido área de acinesia da parede ínfero basal.
Válvula mitral: competente.
Tronco celíaco: apresenta-se com uma lesão suboclusiva no seu óstio comprometendo o fluxo do enxerto gastroepiplóico para coronária direita.

Data 03/12/2004
Tipo do exame:
Angioplastia coronariana de vasos múltiplos com implante de STENT e ultra-som intra vascular.
Coronária direita: apresenta-se com ateromatose difusa ao longo de todo o seu trajeto e lesão moderada no seu 1/3 médio e uma lesão suboclusiva no seu segmento distal, a qual foi submetida à angioplastia com implante de um STENT medicamentoso permanecendo com ausência de lesão residual. O ramo ventricular posterior que é de grande tamanho e calibre, apresenta-se com lesão suboclusiva, a qual foi submetida à angioplastia com implante de dois STENTS convencionais permanecendo com ausência de lesão residual.
Coronária esquerda:
Tronco esquerdo: tronco curto, avaliado com ultrassom intravascular demonstrando uma área luminal preservada dando origem a artéria descendente anterior.
Descendente anterior: apresenta-se com uma lesão crítica no seu 1/3 proximal, a qual foi submetida à angioplastia com implante de um STENT recoberto com medicamento permanecendo com ausência de lesão residual.
Circunflexa: apresenta-se totalmente ocluida, a qual foi submetida à recanalização mecânica e dilatação com cateter balão com implante se dois STENTS recobertos com medicamento, permanecendo com ausência de lesão residual.

Data 07/11/2005
Tipo de exame: Cateterismo cardíaco esquerdo com coronariografia, ventriculografia esquerda e reestudo de revascularização miocárdica.
Coronária direita: apresenta-se com boa evolução angiográfica, no local submetido previamente a implante de STENT e uma ateromatose difusa ao longo de todo seu trajeto. O ramo ventricular posterior apresenta boa evolução angiográfica no local submetido previamente a implante de STENT, observando reenchimento retrogrado do enxerto gastroepiploíco.
Coronária esquerda:
Tronco esquerdo: tronco curto apresenta-se com lesão avaliada em 50% em seu 1/3 distal, dando origem à artéria descendente anterior, que se apresenta com uma lesão avaliada em 80% no seu óstio.
Circunflexa: apresenta-se com ateromatose difusa ao longo de todo seu trajeto, observando lesão suboclusiva no óstio do ramo ventricular posterior.
By pass aorto coronariano: não foram observados enxertos pérveos.
Mamaria direita: apresenta-se totalmente ocluida em seu 1/3 proximal, não observando enchimento coronariano.
Mamaria esquerda: apresenta-se totalmente ocluida em seu 1/3 proximal, não observando enchimento coronariano.
Ventriculografia: volumes e mobilidade preservados.
Válvula mitral: competente.

Data 03/12/2005
Tipo de exame: angioplastia coronariana de vasos múltiplos, implante de STENT e avaliação com ultrassom intravascular.
Coronária esquerda:
Tronco esquerdo: tronco curto apresenta uma placa aterosclerótica de grau moderado no seu 1/3 distal, envolvendo-se com uma lesão severa no óstio da artéria descendente anterior. Essas duas lesões foram submetidas à angioplastia com implante de STENT farmacológicos, permanecendo com ausência de lesão residual.
Circunflexa: de grande tamanho e calibre, apresenta boa evolução angiográfica no local submetido a implante de STENT e observamos no primeiro ramo diagonalis, uma lesão crítica excêntrica segmentar, no seu 1/3 proximal, sendo submetida a implante de um STENT farmacológico, permanecendo com ausência de lesão residual.

Data 28/10/2006
Tipo de exame: cineangiocoronariografia (cateterismo).
Avaliação diagnóstica com ultrassom intracoronário de Tronco de Coronária Esquerda em direção à artéria Descendente anterior. Observamos no Tronco da coronária esquerda e no 1/3 proximal da artéria descendente anterior stents previamente implantados que, apresentam-se com mínimo grau de hiperplasia neointimal ao longo dos segmentos avaliados.
Avaliação diagnóstica com ultrassom intracoronário de artéria circunflexa. Observamos STENT previamente implantado no 1/3 proximal deste vaso que, apresenta-se com hiperplasia neointimal de grau leve ao longo de todo o segmento avaliado.

Data 10/11/2007
Tipo de exame:
cateterismo cardíaco esquerdo com coronariografia, ventriculografia esquerda e reestudo de revascularização miocárdica.
Coronária direita: apresenta-se com ateromatose difusa observando uma lesão avaliada em 60-70% em seu 1/3 médio no bordo proximal do STENT previamente implantado, com boa evolução angiográfica.
Coronária esquerda:
Tronco esquerdo: tronco curto normal apresenta-se com boa evolução angiográfica em local submetido previamente a implante de STENT.
Descendente anterior: apresenta-se com boa evolução angiográfica em local submetido previamente ao implante de STENT.
Circunflexa: apresenta-se com boa evolução angiográfica em local submetido previamente ao implante de STENT. Observamos no bordo distal uma lesão avaliada em 40-50%.
Ventriculografia: volumes preservados. Observamos uma hipocontratilidade discreta da parede anterior.
Válvula mitral: competente.

Data 17/11/2007
Tipo de exame: angioplastia coronariana de vaso único, implante de STENT e avaliação com ultrassom intravascular.
Coronária direita: apresenta-se em seu segmento médio lesão obstrutiva em grau severo na avaliação com ultrassom intravascular, sendo submetida a implante de um STENT farmacológico com sucesso, permanecendo com ausência de lesões no local.

Data 08/11/2007
Tipo de exame:
Angiotomografia - Tomografia computadorizada das artérias coronárias.
Técnica: angiografia das artérias coronarianas por tomografia computadorizada de múltiplos detectores com injeção de contraste iodado não iônico.

Nestes dois últimos anos, 2008 e 2009, não fiz nenhum procedimento para a implantação de stents.
Tenho procurado mudar de atitudes diariamente em relação a minha saúde, e a minha cabeça, que hoje é muito mais importante do que tudo que eu imaginava ser prioritário na vida de alguém. O que importa mesmo é viver a vida com saúde.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

STENT DO TRONCO


Apresento um dos meus 9 estents.
Infarto 07 outubro de 2004 às 8:30h. Revascularização miocárdica (mamária esquerda, mamária direira, radial esquerda e artéria gastroepiplóica)em 15 de outubro de 2004, as 4 pontes ocluiram trinta e nove dias após a cirurgia (10% é o percentual de vascularização que ocluem - pontes que fecham) . Retornei ao hospital e coloquei os 6 primeiros stents em 03 dezembro de 2004. Foi a angioplastia, com a colocação dos stents que me salvou.
Era fumante, sedentário e estressado. Não tinha ideia dos sintomas do infarto.

domingo, 10 de janeiro de 2010

HISTÓRIA DE UM CORAÇÃO


Angiotomografia - Novembro/2007.
Angiografia das artérias coronarianas por tomografia.